CTBA161 - Visão Gerencial / Plano Gerencial

Conceito

  • O plano gerencial é uma máscara de impressão utilizada para permitir a visualização de informações contábeis em um formato que facilite a análise, ou para a adequação do formato de impressão dos relatórios para outras padrões como DRE, DOAR e US-GAAP.

  • Um plano gerencial é composto por Entidades Gerenciais Sintéticas e Analíticas para as quais são definidas as condições normais dos saldos que estas exibirão (credor ou devedor).

  • As Entidades Gerenciais Analíticas tem seu saldo composto através da análise dos saldos dos intervalos de entidades contábeis que estas representam, isto porque não são efetuados lançamentos contábeis utilizando entidades gerenciais.

  • O saldo de uma Entidade Gerencial Analítica pode ser composto por uma única entidade contábil ou por um conjunto de combinações entre diversas faixas e níveis de entidades contábeis.

  • O saldo de uma Entidade Gerencial Analítica é montando em tempo de execução do relatório, respeitando os critérios de Identificação da Linha e da Fórmula Digitada.

  • Os critérios de Identificação de Linha que compõe uma Entidade Gerencial Analítica são: “1-Soma” e “2-Subtrai”.

  • O saldo de uma Entidade Gerencial Sintética é montado em tempo de execução do relatório, sendo o resultado dos saldos das Entidades Gerenciais Analíticas que a referenciam.


Limitações

  • Como o Plano Gerencial é utilizado apenas como uma máscara de impressão para os relatórios, não podem ser informadas Entidades Gerenciais nos Lançamentos, pois o sistema não possui nenhum controle para as mesmas.
  • O saldo de Entidades Gerenciais não pode ser consultado diretamente no sistema, pois o mesmo somente é composto durante a emissão dos relatórios nos quais o Plano Gerencial for utilizado.
  • A atual estrutura do Plano Gerencial não permite que o saldo de uma Entidade Gerencial seja composto por uma operação aritmética envolvendo o saldo de outras Entidades Gerenciais. Nesta situação devem ser utilizadas rotinas específicas para a composição deste saldo durante a execução do relatório.

Utilização em Balancetes

Conceito

A utilização de Planos Gerenciais na impressão de Balancetes auxilia na visualização de informações necessárias para o controle e avaliação do desempenho da empresa, agrupando os dados do Plano de Contas em modelos mais adequados.

Exemplo de Utilização

Resumo de um Plano de Contas

Código da Conta

Descrição

1

Ativo

11

Ativo Circulante

111

Disponibilizado

1111

Caixa

111101

Caixa Geral

111102

Caixa Brasilia

1112

Banco Conta Movimento

111201

Banco Houston S.A.

111202

Banco do Povo S.A.

1113

Aplicações Financeiras

111301

Caixa Econômica do Povo - PIS

111302

Banco Houston S.A. - DI

112

Realizável Curto Prazo

1121

Duplicatas a Receber

112101

Editora España Feliz

112102

Indústria Paper Right

1122

Provisão para Devedores Duvidosos

1123

Duplicatas Descontadas

113

Estoques

1131

Estoques de Mercadoria para Revenda

113101

Setor Manaus

113102

Setor Brasília

1132

Estoque Produtos Acabados

113201

Área Pintura

113202

Área Encadernação


Estrutura de Visualização desejada na impressão do Balancete

ATIVO

 

CIRCULANTE


        Disponível

x.xxx.xxx,xx

        Aplicações Financeiras

x.xxx.xxx,xx

        Duplicatas Receber

x.xxx.xxx,xx

        (-) Prov. p/ Dev Duvidosos

x.xxx.xxx,xx

        (-) Dupl Descontadas

x.xxx.xxx,xx

        Estoques

x.xxx.xxx,xx

SOMA

x.xxx.xxx,xx


Exemplo de um Plano Gerencial

Ent.

Ordem

Ent. Sup.

Classe

Cond.

Descrição

Ident.

1000

1000

-

S

D

ATIVO

Linha s. Valor

1100

1100

-

S

D

CIRCULANTE

Linha s. Valor

1110

1110

2000

A

D

Disponível

Soma

1120

1120

2000

A

D

Aplicações Financeiras

Soma

1130

1130

2000

A

D

Duplicatas Receber

Soma

1140

1140

2000

A

C

(-) Prov. P/ Dev. Duvidosos

Soma

1150

1150

2000

A

C

(-) Dupl. Descontadas

Soma

1160

1160

2000

A

D

Estoques

Soma

2000

2000

-

S

D

SOMA

Total Geral


Utilização no Relatório DRE

Conceito

A Demonstração do Resultado do Exercício permite a visualização dos aumentos ou reduções causados no Patrimônio Líquido pelas operações da empresa, onde:

  • As receitas representam normalmente aumento do Ativo, através de ingresso de novos elementos, como duplicatas a receber ou dinheiro provenientes das transações, aumentando o Patrimônio Líquido.
  • As despesas representam redução do Patrimônio Liquido, através de um entre dois caminhos possíveis: redução do Ativo ou aumento do Passivo Exigível.


Todas as receitas e despesas se acham compreendidas na Demonstração do Resultado, segundo uma forma de apresentação e fornecendo informações significativas sobre a empresa.

A Demonstração do Resultado retrata apenas o fluxo econômico e não o fluxo monetário (fluxo de dinheiro), sendo que a Demonstração do Resultado não é importante se uma receita ou despesa tem reflexos em dinheiro, basta apenas que esta afete o Patrimônio Líquido.


Estrutura Conceitual

(+) Receita de Vendas de Produtos Acabados

(+) Receita de Serviços

(=) Receita Bruta de Vendas e Serviços

(-) Devoluções

(-) Abatimentos

(-) Impostos

(=) Receita Líquida das Vendas e Serviços

(-) Custo das Mercadorias e Serviços Vendidos

(=) Lucro Bruto

(-) Despesas com Vendas

(-) Despesas Financeiras (deduzidas das Receitas Financeiras)

(-) Despesas Gerais e Administrativas

(-) Outras Despesas Operacionais

(+) Outras Receitas Operacionais

(=) Lucro ou Prejuízo Operacional

(+) Receitas não Operacionais

(-) Despesas não Operacionais

(+) Saldo da Correção Monetária

(=) Resultado do Exercício Antes do Imposto de Renda

(-) Imposto de Renda e Contribuição Social

(-) Participações de Debêntures

(-) Participação dos Empregados

(-) Participação de Administradores e Partes Beneficiárias

(-) Contribuições para Instituições ou Fundo de Assistência ou Previdência de Empregados

(=) Lucro ou Prejuízo por Ação

(=) Lucro ou Prejuízo Líquido do Exercício


Modelo de DRE aplicado ao Sistema

Ent.

Ordem

Ent. Sup.

Classe

Cond.

Descrição

Ident.

0800

0800

1000

A

C

(+) Receita de Vendas de Produtos Acabados

Soma

0900

0900

1000

A

C

(+) Receita de Serviços

Soma

1000

1000

1100

S

C

(=) Receita Bruta de Vendas e Serviços

SubTotal

1010

1010

1100

A

D

(-) Devoluções

Soma

1020

1020

1100

A

D

(-) Abatimentos

Soma

1030

1030

1100

A

D

(-) Impostos

Soma

1100

1100

6000

S

C

(=) Receita Líquida das Vendas e Serviços

Subtotal

2010

2010

2100

A

D

(-) Custo das Mercadorias e Serviços Vendidos

Soma

2100

2100

6000

S

C

(=) Lucro Bruto

Subtotal

3010

3010

3100

A

D

(-) Despesas com Vendas

Soma

3020

3020

3100

A

D

(-) Despesas Financeiras (deduzidas das Receitas Financeiras)

Soma

3030

3030

3100

A

D

(-) Despesas Gerais e Administrativas

Soma

3040

3040

3100

A

D

(-) Outras Despesas Operacionais

Soma

3050

3050

3100

A

C

(+) Outras Receitas Operacionais

Soma

3100

3100

6000

S

C

(=) Lucro ou Prejuízo Operacional

Subtotal

4010

4010

4100

A

C

(+) Receitas não Operacionais

Soma

4020

4020

4100

A

D

(-) Despesas não Operacionais

Soma

4030

4030

4100

A

C

(+) Saldo da Correção Monetária

Soma

4100

4100

6000

S

C

(=) Resultado do Exercício Antes do Imposto de Renda

Subtotal

5010

5010

5100

A

D

(-) Imposto de Renda e Contribuição Social

Soma

5020

5020

5100

A

D

(-) Participações de Debêntures

Soma

5030

5030

5100

A

D

(-) Participação dos Empregados

Soma

5040

5040

5100

A

D

(-) Participação de Administradores e Partes Beneficiárias

Soma

5050

5050

5100

A

D

(-) Contribuições para Instituições ou Fundo de Assistência ou Previdência de Empregados

Soma

5100

5100

6000

S

C

(=) Lucro ou Prejuízo por Ação

Subtotal

6000

6000

-

S

C

(=) Lucro ou Prejuízo Líquido do Exercício

Total Geral


Utilização no Relatório DOAR

Conceito

A Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos permite a visualização das novas origens e aplicações verificadas durante o exercício, evidenciando a variação do Capital Circulante Líquido.

A DOAR não mostra a totalidade das novas origens e aplicações, mas apenas aquelas ocorridas nos itens não circulantes do Balanço, ou seja, no Exigível a Longo Prazo, Patrimônio Líquido, Ativo Permanente e Realizável a Longo Prazo.

Traçando-se um paralelo entre o Balanço Patrimonial e a DOAR temos:

  • O Balanço mostra a posição dos investimentos e financiamentos da empresa em determinado momento. Comparando-se dois balanços, inúmeras alterações podem ser visualizadas, as quais são resultantes de  transações que afetaram consideravelmente a situação financeira da empresa. Estas transações não são evidenciadas no Balanço, o qual mostrará apenas globalmente o efeito delas.
  • A DOAR permite a visualização destas transações avaliando os recursos empregados pela empresa e a forma como esta os aplicou.


A DOAR visa permitir a análise no aspecto financeiro da empresa, tanto no que diz respeito ao movimento de investimentos e financiamentos quanto relativamente à administração da empresa sob o ângulo de obter e aplicar compativelmente os recursos.


Estrutura Conceitual

A-) ORIGEM DOS RECURSOS

Lucro Líquido do Exercício

(+) Depreciação, Amortização, Exaustão

(+) Provisão Ajustes Ativos Não Circ.

(+) Desp. Financeiras de Emprest. Longo Prazo

(+) Ganhos p/ Equivalência Patrimonial

(-) Perdas p/ Equivalência Patrimonial

(=) Resultado de Operações Econômicas

(+) Realização do Capital Social

(+) Aumento do Pass. Exigível Longo Prazo

(+) Contribuição das Reservas de Capital

(+) Alienação de Investimentos

(+) Alienação de Imobilizados

(+) Redução de Ativo Realizável Longo Prazo

(=) Total das Origens de Recursos

B-) APLICAÇÃO DOS RECURSOS

Dividendos Distribuídos

(+) Aquisição de Imobilizados

(+) Participações em Outras Empresas

(+) Aplicações no Diferido

(+) Outras Aplicações Permanentes

(+) Aumentos no Ativo Realizável Longo Prazo

(+) Redução no Passivo Exigível Longo Prazo

(=) Total das Aplicações de Recursos

C-) AUMENTO (ou Redução) no C.L.L. (A - B)

 

Modelo de DOAR aplicado ao Sistema

Ent.

Ordem

Ent. Sup.

Classe

Cond.

Descrição

Ident.

1000

1000

-

S

C

A-) ORIGEM DOS RECURSOS

Linha s/ Valor

1010

1010

1100

A

C

Lucro Líquido do Exercício

Soma

1020

1020

1100

A

C

(+) Depreciação, Amortização, Exaustão

Soma

1030

1030

1100

A

C

(+) Provisão Ajustes Ativos Não Circ.

Soma

1040

1040

1100

A

C

(+) Desp. Financeiras de Emprest. Longo Prazo

Soma

1050

1050

1100

A

C

(+) Ganhos p/ Equivalência Patrimonial

Soma

1060

1060

1100

A

D

(-) Perdas p/ Equivalência Patrimonial

Soma

1100

1100

1200

S

C

(=) Resultado de Operações Econômicas

SubTotal

1110

1110

1200

A

C

(+) Realização do Capital Social

Soma

1120

1120

1200

A

C

(+) Aumento do Pass. Exigível Longo Prazo

Soma

1130

1130

1200

A

C

(+) Contribuição das Reservas de Capital

Soma

1140

1140

1200

A

C

(+) Alienação de Investimentos

Soma

1150

1150

1200

A

C

(+) Alienação de Imobilizados

Soma

1160

1160

1200

A

C

(+) Redução de Ativo Realizável Longo Prazo

Soma

1200

1200

3000

S

C

(=) Total das Origens de Recursos

SubTotal

2000

2000

-

S

D

B-) APLICAÇÃO DOS RECURSOS

Linha s/ Valor

2010

2010

2100

A

D

Dividendos Distribuídos

Soma

2020

2020

2100

A

D

(+) Aquisição de Imobilizados

Soma

2030

2030

2100

A

D

(+) Participações em Outras Empresas

Soma

2040

2040

2100

A

D

(+) Aplicações no Diferido

Soma

2050

2050

2100

A

D

(+) Outras Aplicações Permanentes

Soma

2060

2060

2100

A

D

(+) Aumentos no Ativo Realizável Longo Prazo

Soma

2070

2070

2100

A

D

(+) Redução no Passivo Exigível Longo Prazo

Soma

2100

2100

3000

S

D

(=) Total das Aplicações de Recursos

SubTotal

3000

3000

-

S

C

C-) AUMENTO (ou Redução) no C.L.L.  (A - B)

Total Geral


Para os demais relatórios, basta seguir o mesmo processo descrito para o DRE e DOAR.


Atualizado em 27/04/2021
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